Vê com atenção o excerto do documentário da RTP com o título Antero de Quental, a missão revolucionária da poesia e responde ao questionário proposto no teu manual.
Documentário: Antero de Quental, a missão revolucionária da poesia
Oceanos de Palavras
domingo, 24 de março de 2019
domingo, 10 de fevereiro de 2019
AMOR DE PERDIÇÃO: LINGUAGEM, ESTILO E ESTRUTURA DA OBRA
1- Estrutura
A obra é composta por Introdução, vinte
capítulos e conclusão e pode resumir-se na seguinte
sentença: “Amou, perdeu-se e morreu amando”.
AMOU
AMOU
|
PERDEU-SE
|
MORREU
AMANDO
|
- Simão apaixona-se por
Teresa
mas
- ódio entre as duas
famílias: Botelho e Albuquerque
|
Na
sequência da paixão entre Simão e Teresa,
Simão:
·
é expulso de casa dos seus pais
·
mata Baltasar, o primo e pretendente de
Teresa
·
é preso e condenado ao degredo (Índia)
Teresa:
·
recusa o casamento com o primo, imposto pelo
pai
·
é enviada para o convento.
|
Simão:
Teresa:
|
Na conclusão
- Desfecho da intriga
- Identificação
de Manuel Botelho como sendo o pai do narrador/autor. Simão Botelho era o
tio paterno de Camilo Botelho Castelo Branco.
2- Narrador
Na
introdução
|
Narrador/autor - narrador autodiegético
o narrador/autor relata a história,
assumindo ser protagonista: utiliza a primeira pessoa como suporte da verdade
que vai ser narrada.
|
Nos vinte capítulos
da obra
|
Narrador não participante - heterodiegético
o narrador narra a história
em que não participa como personagem: utiliza a
terceira pessoa e a veracidade dos factos é confirmada pelas
datas, antecedentes familiares e circunstâncias das personagens.
|
Na novela Amor de Pedição, sentimos constantemente a presença de Camilo Castelo Branco.
3- Os diálogos
Os diálogos em Amor de Perdição são ação e têm a função de:
- Informar sobre sobre determinadas circunstâncias;
- Fazer a expansão sentimental;
- Permitir a confrontação;
- Comunicar decisões tomadas;
- Caracterizar as personagens;
- Imprimir ritmo e e dinâmica teatral à narrativa.
A linguagem utilizada nos
diálogos permite a identificação do estatuto social das
personagens.
- Burguesia e nobreza: linguagem cuidada, literária
- Povo: linguagem viva, popular, familiar
4- Concentração temporal
da ação
O tempo é cronológico e contínuo. Não há praticamente ações
secundárias, o que contribui para a concentração temporal da ação principal com
sucessivas peripécias. Os diálogos apresentados são concisos e há poucas
descrições.
Capítulo I
|
40 anos (antecedentes da
ação)
|
Capítulos I a XX
|
6 anos
•
1801 – Simão tem 15 anos e estuda
em Coimbra.
•
1802 – Simão tem 16 anos e é preso
em Coimbra.
•
1803 – Simão tem 17 anos e apaixona-se
por Teresa.
•
1804 – Simão tem 18 anos e é preso
pela morte de Baltasar.
•
1805-1807 – Simão encontra-se preso (20
meses na prisão mais seis meses antes de partir para a Índia, degredado).
|
Conclusão
|
9 dias
•
17 de março de 1807 –
Simão parte para a Índia e Teresa morre no convento. Simão adoece.
•
28 de março de 1807 –
Simão morre e Mariana suicida-se.
|
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