segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Fernão Lopes - Afirmação da consciência coletiva

    Na Crónica de D. João I, de Fernão Lopes está presente um sentimento coletivo do povo português que se traduz na consciência de pertencer a uma mesma nação. A consciência nacional advém do facto dos portugueses temerem a invasão castelhana e de sentirem a independência do reino e a sua liberdade ameaçadas durante a crise de 1383-1385.
    O povo, "a arraia-miúda", ganha a consciência coletiva de que tem um papel ativo e quer participar na vida política do reino e na condução dos destinos da nação: manifesta-se contra a regente D. Leonor Teles; intervém para defender o Mestre e decidir quem será o próximo rei de Portugal; atira o bispo de Lisboa da torre da Sé por ter corrido o boato de que era traidor; resiste ao cerco que João de Castela monta à capital e sofre, em conjunto, as privações desse cerco; enfrenta o exército inimigo nas batalhas como a de Aljubarrota...
     A consciência de grupo e o sentimento nacional são representados através da noção de personagem coletiva. Corajoso ou irracional, resistente ou apavorado, forte ou a sucumbir à fome, o povo de Lisboa é uma personagem a quem Fernão Lopes confere um estatuto incontornável na afirmação de um patriotismo dinâmico e, sobretudo, na afirmação da consciência coletiva.

domingo, 12 de novembro de 2017

Informação - ficha de avaliação 2

GRUPOS
DOMÍNIOS
COTAÇÕES (em pontos)














I

EDUCAÇÃO LITERÁRIA
PARTE A
Fernão Lopes - Crónica de D. João I

  • Fernão Lopes - vida, obra e contexto histórico - manual p.80 e p.86 e blogue
  • Cápítulo XI (11) da Crónica de D.João I - manual pp. 87 a 91
  • Capítulo CXLVIII (148) da Crónica de D.João I - manual pp.103 a107
  • Afirmação da consciência coletiva - blogue e diáriocaderno 
  • Protagonistas individuais e coletivos - blogue e manual pp.110-111
  • Crónica de D.João I - caderno de apoio ao estudo pp. 4 e 5

PARTE B
Poesia Trovadoresca
  • Contextualização histórico-literária - ver blogue
  • Idade Média - ver blogue
  • Cantigas de amigo - ver blogue
  • Cantigas de amor - ver blogue + manual p.56 (código do amor cortês)
  • Cantigas de escárnio e maldizer - Caderno de Apoio ao Estudo p.3 
  • Recursos estilísticos - manual pp. 382 a 384









60














40








II

LEITURA E GRAMÁTICA

Leitura
  • Texto informativo
  • Artigo de divulgação científica - manual p.61
  • Ex posição sobre um tema - manual pp.99-100 
Gramática
  • Processos fonológicos - manual pp. 358-359 
  • Arcaísmos, neologismos e processos irregulares de formação de palavras - manual p.92-93
  • Palavras divergentes e convergentes - manual pp.101-102
  • Funções sintáticas (dadas no 9º ano) - manual pp. 369 a 363
  • Orações coordenadas e subordinadas - manual pp. 373 a 375
  • Tempos verbais - manual do 9º ano









50


III

ESCRITA
  • Exposição sobre um tema - manual p.100




50


PRATICAR E AUTOAVALIAR-SE: resolução das fichas do Caderno de Atividades
  • Ficha 1 - Cantigas de amigo - CA pp. 3 a 5
  • Ficha 2 - Cantigas de amor - CA pp. 6 a 9
  • Ficha 3 - Cantigas de escárnio e maldizer - CA pp.10 a 12
  • Ficha 4 - Crónica de D. João I de Fernão Lopes - CA pp. 13 a 16
  • Ficha 2 - Processos fonológicos - CA pp. 68 a 70
  • Ficha 3 - Palavras divergentes e convergentes - CA pp. 71-72
  • Ficha 7 - Arcaísmos e neologismos - CA pp.91-92
  • Ficha 9 - Processos irregulares de formação de palavras - CA pp.99 a 103

BOM TRABALHO !

sábado, 4 de novembro de 2017

Crónica de D. João I - contexto histórico

D. Leonor Teles
•   D. Fernando morreu em 1383.

•     A herdeira do trono era a infanta D. Beatriz, casada com o rei de Castela.

•     Leonor Teles, viúva de D. Fernando, seria a regente do reino até que D. Beatriz tivesse filho varão.


•   O povo escolheu  D. João, mestre de Avis, filho bastardo de D. Pedro I, para seu defensor.


•   A população de Lisboa proclama o mestre de Avis regedor e defensor do reino.

•   O rei de Castela cerca a cidade de Lisboa com um enorme exército.
Cerco de Lisboa

•   Em abril de 1385 reuniram cortes em Coimbra e escolheram um novo rei, João I de Portugal.

•   Na batalha de Aljubarrota, no dia 14 de agosto de 1385, o exército castelhano, que era muito mais numeroso que o português, foi derrotado graças à "tática do quadrado“. Nuno Álvares Pereira, o Condestável do Reino, era o comandante das tropas portuguesas.
Batalha de Aljubarrota

Tática do quadrado

Fernão Lopes - vida e obra

       1380-90 – Provável nascimento, em Lisboa, numa família de pequenos burgueses.

       1418 – É guarda das escrituras da Torre do Tombo e “escrivão dos livros” de D. João I e do Infante D. Duarte.

       1419 – Recebe de D. Duarte a incumbência de escrever a Crónica Geral do Reino

       1422 – É nomeado escrivão da puridade do Infante D. Fernando.

       1434 – Recebe o cargo oficial de cronista: deve escrever as crónicas dos reis de Portugal até D. João I.

          1437 – Escreve o testamento do Infante D. Fernando.

          1443 – Finaliza a primeira parte da Crónica de D. João I.

          1448Escreve a sua última crónica.

         1454 – É substituído por Gomes Eanes de Zurara, em virtude da sua avançada idade.

          1459 – Último documento que se refere a Fernão Lopes.



 OBRAS ESCRITAS