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O povo, "a arraia-miúda", ganha a consciência coletiva de que tem um papel ativo e quer participar na vida política do reino e na condução dos destinos da nação: manifesta-se contra a regente D. Leonor Teles; intervém para defender o Mestre e decidir quem será o próximo rei de Portugal; atira o bispo de Lisboa da torre da Sé por ter corrido o boato de que era traidor; resiste ao cerco que João de Castela monta à capital e sofre, em conjunto, as privações desse cerco; enfrenta o exército inimigo nas batalhas como a de Aljubarrota...
A consciência de grupo e o sentimento nacional são representados através da noção de personagem coletiva. Corajoso ou irracional, resistente ou apavorado, forte ou a sucumbir à fome, o povo de Lisboa é uma personagem a quem Fernão Lopes confere um estatuto incontornável na afirmação de um patriotismo dinâmico e, sobretudo, na afirmação da consciência coletiva.