domingo, 6 de janeiro de 2019

Contextualização histórico- literária


Fontes literárias e históricas de Frei Luís de Sousa

A obra Frei Luís de Sousa, de Almeida Garrett, foi escrita em 1843 e publicada em 1844. Inspira-se na vida Manuel de Sousa Coutinho que, em 1613, decidiu, juntamente com a sua esposa, abraçar a vida religiosa, ingressando no Convento de São Domingos de Benfica e a sua mulher, D. Madalena de Vilhena, viúva de D. João de Portugal, no Convento do Sacramento, também em Lisboa. Ao tornar-se frade, adotou o nome de Frei Luís de Sousa, dedicando-se inteiramente à escrita.
A obra Frei Luís de Sousa integra-se no romantismo.




Acontecimentos históricos no início do século XIX
O início do século XIX, em Portugal, é marcado por uma grande instabilidade política:
  • As invasões francesas, de 1807 a 1810.

  •  A fuga do Rei D. João VI e da corte para o Brasil (29 de novembro de 1807).

  • A instituição da monarquia constitucional (1 de outubro de 1822).
  • A crise da sucessão dinástica (D. Pedro IV vs. D. Miguel I).
D. Pedro

D. Miguel
















    



  •  Os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade (Revolução Francesa) como base de sustentação da ideologia liberal.
  • A guerra civil entre liberais (D. Pedro) e absolutistas (D. Miguel) (1828-1834).

  •  A integração de Almeida Garrett no exército liberal e a participação ativa no desembarque na praia do Mindelo e no cerco do Porto.

  • O restabelecimento da paz: a convenção de Évora Monte (maio de 1834).

  •  A ascensão de uma nova classe dominante: a burguesia.

Características do Romantismo

  •  Nacionalismo valorização da pátria e dos valores nacionais (defesa de uma literatura nacional);
  • Individualismo valorização do eu face à sociedade;
  • Subjetivismo – valorização do sentimento (sentimentos fortes, carregados: ciúme, amor, vingança …);
  • Intensidade – exacerbamento dos estados emotivos:
      gosto pelo isolamento e pela solidão;
      obsessão da morte;
      preferência pelos ambientes noturnos e hostis.
  • Defesa dos ideais de liberdade;
  •  Evasão no tempo (apreço pela Idade Média) e no espaço (paisagens exóticas).
  • Preocupação didático-pedagógica das obras românticas perante o novo público: burguês e iletrado;
  • Valorização da prosa;
  • Adoção de uma linguagem simples e coloquial (marcas da oralidade).

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